O desaparecimento de um avião de pequeno porte, que levava três brasileiros de El Calafate para a cidade de Trelew , ambas na Argentina, completou dois meses nesta segunda-feira. Sem encontrar indícios do paradeiro da aeronave, que levava o empresário Antônio Carlos Castro Ramos (que pilotava o avião), o advogado Mario Henrique da Silva Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini, as buscas foram suspensas.
O avião de pequeno porte desapareceu na tarde do dia 6 de abril, com o último registro de comunicação tendo ocorrido nas proximidades da vila de Bahía Bustamante, na província de Chubut. Os brasileiros que estavam a bordo teriam sido alertados sobre as más condições do tempo antes de decolarem.
A informação havia sido confirmada por Freddy Vergnole, presidente do Aeroclube Lago Argentino, que fica na cidade de El Calafate. Ele disse que o monomotor V-10, com matrícula PP-ZRT, decolou com outros dois aviões, por volta das 10 horas da manhã.
"As condições do tempo de Comodoro para frente não eram muito boas, eles fizeram uma parada alternativa em Puerto Deseado, mas decidiram continuar a viagem. O pessoal da ANAC em Comodoro tinha avisado que as condições meteorológicas não eram boas para continuar. Não era conveniente, mas aparentemente decidiram partir", disse Vergnole na ocasião.
Familiares dos três brasileiros foram ao país para acompanhar as buscas e fizeram apelo por meio de redes sociais para que as buscas não fossem interrompidas. A Empresa de Navegação Aérea Argentina (EANA) informou, por meio de comunicado divulgado seis dias depois, que as buscas haviam sido suspensas, sem que qualquer vestígio da aeronave tenha sido encontrado.
A estudante Nicole Nercolini, de 26 anos, filha de um dos passageiros do voo, fez um apelo para que as autoridades argentinas continuassem a procurar o avião.
"Por favor, não deixem de procurar até quarta-feira, que será uma semana. Esse é um pedido de uma filha. Filha de Gian Carlo Nercolini, ele é meu pai. Por favor", pediu a jovem em comentário no Twitter.
Em nota, a EANA disse que, após seis dias de trabalho de intensa busca, não houve "resultados positivos" para encontrar vestígios do monomotor.
"Apesar de todo o esforço nos trabalhos de busca, não foi encontrado nenhum rastro da aeronave e de seus ocupantes. Diante da suspensão da operação, o Subcentro SAR Comodoro Rivadavia se mantém em estado de alerta", afirmou a EANA em comunicado.
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