Ucrânia diz ter encontrado 200 corpos em ruínas de prédio em Mariupol
Conselheiro do governo local informou que corpos estavam em alto estágio de decomposição
O conselheiro do governo de Mariupol, Petro Andriushchenko, informou nesta terça-feira que cerca de 200 corpos foram encontrados sob os escombros de um prédio residencial bombardeado na cidade ucraniana. Conforme Andriushchenko, as vítimas foram encontradas em alto estágio de decomposição.
"Ao retirar os escombros de um bloco de apartamentos na avenida Myru, cerca de 200 corpos de vítimas foram encontrados em um porão com alto grau de decomposição", escreveu o conselheiro no Telegram.
Andriushchenko relatou que moradores se recusaram a recolher e embalar os corpos dos mortos e o Ministério de Situações de Emergência da Rússia "simplesmente deixou cadáveres no local". Como os escombros foram parcialmente retirados, o mau cheiro pode ser sentido em todo o bairro residencial.
Cerco em Azovstal
Mariupol foi palco de um dos mais longos cercos militares da guerra na Ucrânia, o imposto pela Rússia à siderúrgica Azovstal. Conforme o Ministério da Defesa russo, mais de dois mil soldados que estavam no local já se renderam.
O governo de Vladimir Putin pretende usar a conquista da cidade como peça de propaganda interna. Foi nesta mesma região que surgiu o Batalhão Azov, milícia originalmente paramilitar e de ideologia neonazista posteriormente integrada às Forças Armadas da Ucrânia.
Julgamento dos prisioneiros
Os prisioneiros de Mariupol devem ser julgados na autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD), uma região dominada por separatistas pró-Moscou no Leste da Ucrânia, informou o líder da região. Se isso se concretizar, os prisioneiros de guerra estarão sujeitos à pena de morte, que atualmente não é adotada pela Rússia.
A informação foi transmitida pelo chefe da RDP, Denis Pushilin, à agência russa Interfax.
"O tribunal internacional está planejado para ser organizado no território da república", disse Pushilin. "O estatuto do tribunal está sendo elaborado."
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