Ataque nos EUA: autoridades identificam 'extremismo racista'
Presidente da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor afirmou que "o racismo não tem lugar na América"
Autoridades estão classificando o ataque a tiros em um supremercado na cidade de Buffalo, nos Estados Unidos , como um crime de extremismo racista. O caso aconteceu neste sábado (14), e deixou ao menos 10 mortos.
De acordo com John Garcia, xerife do condado de Erie, o Payton Gendron, de 18 anos, teve motivações racistas para entrar em uma unidade da rede Tops Friendly Market e balear 13 pessoas, 11 delas negras.
“Isso foi pura maldade. Foi um crime de ódio racialmente motivado de alguém de fora da nossa comunidade, fora da Cidade dos Bons vizinhos... entrando em nossa comunidade e tentando infligir esse mal sobre nós”, disse Garcia em entrevista coletiva.
O bairro onde aconteceu o ataque tem a população predominantemente negra, e fica próximo ao centro de Buffalo.
O presidente da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP), Derrick Johnson, afirmou em um post do Twitter que o crime foi "absolutamente devastador", e que "o ódio e o racismo não têm lugar na América".
This is absolutely devastating. Hate and racism have no place in America. We are shattered, extremely angered and praying for the victims’ families and loved ones, as well as the entire community. #BuffaloNY #BuffaloStrong https://t.co/uT23SjCAaM
— Derrick Johnson (@DerrickNAACP) May 14, 2022
Payton Gendron é morador de Conklin, uma comunidade a cerca de 320 quilômetros de distância de Buffalo. Ele transmitiu o ataque ao vivo na Twitch, plataforma de streaming.
O criminoso estava vestindo equipamento militar quando abriu fogo com um fuzil no supermercado, utilizando, inclusive, um colete à prova de balas.
De acordo com informações divulgadas por Eileen Buckley, repórter do veículo norte-americano 7 News WKBW que estava presente na delegacia acompanhando o depoimento de Gendron, o atirador retornará ao tribunal no dia 19 de maio para audiência do crime.
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