Guerra: Ucrânia dá início a contraofensiva em áreas de Kharkiv e Izium

A Rússia vem intensificando os ataques na área leste do território ucraniano e, há dois dias, há alertas de bombardeios aéreos nessas regiões

Ucrânia inicia contraofensiva em áreas de Kharkiv e Izium
Foto: Reprodução: redes sociais - 26/04/2022
Ucrânia inicia contraofensiva em áreas de Kharkiv e Izium

A Ucrânia iniciou uma contraofensiva contra as tropas russas nas áreas de Kharkiv e Izium, ambas no leste do território, anunciou o comandante das forças armadas de Kiev, Valery Zaluzhny, ao portal Ukrainska Pravda nesta quinta-feira (5).   

A informação teria sido repassada também em uma conversa com o chefe do Estado-Maior norte-americano, Mark Milley.   

O ucraniano informou ainda que os russos estão concentrando a sua ofensiva em direção à região de Lugansk e que os combates estão violentos em Popasna, Kreminna e Torsky.   

Outro destaque dado pelo portal é de que Kiev reportou que os russos voltaram a usar mísseis de cruzeiro para atingir rotas de fornecimento militar para os soldados locais e, por isso, voltou a dizer que o país precisa de mais armas.   

A Rússia vem intensificando os ataques na área leste do território ucraniano e, há dois dias, há alertas de bombardeios aéreos nessas regiões.   

Mortes de civis - Nesta quinta, a procuradora-geral de Kiev, Iryna Venediktova, participou de maneira virtual de uma conferência com procuradores do Conselho da Europa, dos Estados Observadores e do Mediterrâneo que está ocorrendo em Palermo, na Itália.   

Durante sua fala, a representante afirmou que o governo já confirmou mais de quatro mil mortes de civis desde o início dos ataques em 24 de fevereiro e, entre eles, há 221 crianças. Os alvos não militares atingidos por bombardeios somam 5,1 mil, incluindo 300 estruturas de atendimento médico, como hospitais e clínicas.   

"Obrigada pelo apoio, pela assistência e pela ajuda em identificar as graves violações dos direitos humanos. Há provas importantes e terão grande peso na investigação. A impunidade não é uma opção", acrescentou Veneditkova.   

A Ucrânia está conduzindo uma investigação própria sobre os possíveis crimes de guerra cometidos pelas tropas russas no país e já soma mais de "nove mil casos" em que isso pode ter ocorrido. Também há um processo formal instaurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) para analisar as denúncias de Kiev.   

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