Rússia diz ter matado 500 soldados ucranianos em apenas uma noite

Moscou afirma que Força Aérea atingiu 87 alvos militares

Rússia diz ter matado 500 soldados ucranianos em apenas uma noite
Foto: Reprodução/Ansa - 15.03.2022
Rússia diz ter matado 500 soldados ucranianos em apenas uma noite

O ministério da Defesa da Rússia afirmou na manhã desta terça-feira que matou 500 soldados ucranianos durante a noite anterior. Moscou informou que sua Força Aérea atingiu 87  alvos militares no país em guerra desde o dia 24 de fevereiro. A Ucrânia ainda não confirmou a informação.

"Durante a noite, mísseis aéreos de alta precisão das Forças Aeroespaciais russas atingiram 4 instalações militares da Ucrânia. Incluindo 2 áreas de concentração de mão de obra e equipamento militar do inimigo, bem como 2 depósitos de munição perto de Kurulka e Novaya Dmitrovka da região de Kharkov. A aviação operacional-tática e do Exército atingiu 87 alvos militares da Ucrânia. Entre eles, 79 áreas de concentração de mão de obra e equipamentos militares", informou o  ministério em comunicado.

Nas redes sociais, as forças russas compartilharam um vídeo que seria de um projétil atingindo uma base de armazenamento e reparo para as forças armadas ucranianas. No local, haveria munições, armas, documentação e outros equipamentos pertencentes aos militares ucranianos. O mesmo vídeo também mostra tanques russos e outros veículos em ação.

Acusações sobre negociações

Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de "fingir" que está negociando um acordo de paz, mas assegurou  que Moscou continuará as negociações.

"Ele é um bom ator. Se você olhar com atenção e ler atentamente o que ele diz, encontrará milhares de contradições", disse Lavrov,  citado por agências de notícias russas. "A boa vontade tem limites. Se ela não for recíproca, não contribui para o processo de negociação. Mas continuaremos negociando com a equipe enviada por Zelensky, e os contatos continuarão".

Em entrevista à TV estatal, Lavrov voltou a ameaçar um conflito nuclear, mas disse que a  Rússia quer descartar a ameaça de conflitos, apesar dos altos riscos no momento.

"Esta é a nossa posição-chave na qual baseamos tudo. Os riscos agora são consideráveis.  Eu não gostaria de aumentar artificialmente esses riscos. Muita gente gostaria disso. O perigo é sério, real, e não devemos subestimá-lo".

Também na segunda-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, acusou o Ocidente de tentar destruir a Rússia e pediu à Justiça que seja dura com o que ele chamou de "conspirações planejadas por espiões estrangeiros para dividir o país e desacreditar suas Forças Armadas".

Falando para um grupo com os principais promotores da Rússia, Putin também disse que o Ocidente incita a Ucrânia a planejar ataques contra jornalistas russos — alegação rejeitada por Kiev.

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