Papa pede coragem a líderes mundiais para defender paz na Ucrânia
Francisco renovou apelo por trégua durante Páscoa ortodoxa
O papa Francisco pediu neste domingo (24) coragem para que o mundo inteiro defenda a paz na Ucrânia e fez um apelo aos líderes políticos, sem citá-los diretamente, para que escutem o povo que clama pelo fim do conflito.
"Peço a todos que rezem pela paz e tenham a coragem de dizer que a paz é possível. Que os líderes políticos ouçam a voz das pessoas que querem a paz e não uma escalada do conflito", disse o Pontífice na recitação da oração Regina Coeli, que substitui o Angelus no período Pascal.
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O líder da Igreja Católica destacou que "hoje várias igrejas orientais católicas e ortodoxas e também várias comunidades latinas celebram a Páscoa segundo o calendário juliano e lembrou que a guerra russa na Ucrânia já completou dois meses.
"Em vez de parar, a guerra se intensificou. É triste que nestes dias, que são os mais santos e solenes para todos os cristãos, o barulho mortal das armas é ouvido mais do que os sinos anunciando a Ressurreição [de Jesus Cristo]. E é triste que as armas estejam substituindo a palavra", lamentou.
Francisco reiterou seu apelo por uma trégua na Páscoa ortodoxa, um "sinal mínimo e tangível de desejo de paz". "Pare o ataque para atender ao sofrimento da população exausta", enfatizou ele aos fiéis na Praça São Pedro, no Vaticano, pedindo paz a todos.
O Santo Padre tem expressado frequentemente a sua preocupação com a guerra desencadeada com a invasão russa na Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro, tendo chegado a propor a mediação do Vaticano. Além disso, Jorge Bergoglio condenou o "massacre" contra a população civil e desistiu de realizar um encontro com o primaz da Igreja Ortodoxa Russa, Cirilo.