Tiroteio em NY: testemunhas descrevem cenas de confusão e pânico

Carros da polícia encheram as ruas ao longo da Quarta Avenida enquanto moradores se amontoavam e helicópteros sobrevoavam o local

Ataque em estação de Nova York deixa feridos
Foto: Reprodução/Redes Sociais/ArmenArmenian
Ataque em estação de Nova York deixa feridos


Testemunhas que estavam próximas ao local onde ocorreu o  tiroteio na estação de metrô do Brooklyn, na cidade americana de Nova York, nesta terça-feira (12) descreveram cenas de confusão e pânico ao jornal americano The New York Times .

Em um primeiro momento, o som das sirenes de emergência quebrou o silêncio de uma manhã calma na cidade. Na sequência, dezenas de carros da polícia encheram as ruas ao longo da Quarta Avenida, bloqueando o trânsito. E, em paralelo a isso, moradores se amontoavam enquanto helicópteros sobrevoavam o local. 

John Butsikares, de 15 anos, afirmou ao veículo que estava tendo um passeio tranquilo até por volta das 8h30 (horário local, 7h30 em Brasília), quando o trem em que estava se aproximou da estação 36th Street. De repente, as portas foram escancaradas e o condutor disse aos passageiros que esperavam na plataforma para sair correndo. O veículo deixou rapidamente a estação e seguiu para a 25th Street, onde os oficiais instruíram as pessoas a evacuar e deixar o local. 

"Eu não sabia o que estava acontecendo", afirmou. "Houve apenas pânico e todos começaram a ficar lotados no trem R".

"As pessoas me disseram 'tenha cuidado no trem', mas eu nunca havia passado por nada parecido até agora", acrescentou Butsikares, que havia começado a circular de trem sozinho há pouco tempo, no outono do ano passado — no Hemisfério Norte, a estação tem início em setembro e término em março. "Não sei se algum dia me sentirei seguro no trem novamente, não sei."

Silvana Guerrero, outra testemunha, que trabalha atrás do balcão do café Sunset Bagels Cafe and Grill, perto da estação de metrô onde aconteceu o tiroteio, também deu um relato ao jornal. Ela contou que estava tendo uma manhã tranquila, quando policiais entraram e pediram que os funcionários fechassem o local. Silvana e seus colegas assistiram várias pessoas feridas sendo levadas para fora do café.

"Vimos uma ambulância saindo com uma maca com uma pessoa nela", disse Silvana. "A perna deles estava ferida — não sei exatamente o que aconteceu ou o que estava acontecendo. E então vimos duas ambulâncias saindo, com duas pessoas, tipo, pulando em uma perna."

Ainda em entrevista ao NYT, Dee, uma dona de uma empresa na Quarta Avenida que se recusou a informar seu sobrenome, relatou que tinha acabado de acender as luzes de sua loja quando as sirenes da polícia começaram a tocar. Ela disse que se sente cada vez mais insegura no Brooklyn e evita o transporte público sempre que pode. As únicas coisas que ainda a mantêm no bairro são sua loja e seus clientes.

“Eu não entro no trem de jeito nenhum", afirmou Dee. "Há tantas coisas acontecendo nas estações."

Até o momento, foram registrados 16 feridos, entre eles dez baleados , no tiroteio desta terça-feira na estação de metrô do Brooklyn. O suspeito ainda não foi identificado pelas autoridades, que descartam a possibilidade de um ataque terrorista. Desde o início do ano, houve 130 tiroteios nos Estados Unidos, dos quais 18 ocorreram em abril.

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