Guerra: Itália, Dinamarca, Letônia e Estônia banem diplomatas russos
Países condenam invasão russa à Ucrânia e afirmam que os diplomatas ameaçam a 'segurança nacional'
Nesta terça-feira (5), os ministérios das Relações Exteriores da Itália, Dinamarca, Letônia e Estônia anunciaram que diplomatas russos que estavam nos países foram expulsos.
A Letônia e a Estônia tomaram medidas mais drásticas e fecharam consulados gerais da Rússia em algumas regiões. O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, informou o embaixador russo no país, Sergey Razov. Para ele, a expulsão é feita como uma medida de “segurança nacional” por conta do conflito russo-ucraniano.
Na Dinamarca, a ameaça à segurança também foi o motivo pelo qual os funcionários da inteligência na embaixada foram banidos. Eles terão 14 dias para deixar o país.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Jeppe Kofod, o país não pretende cortar relações diplomáticas com a Rússia. Para ele, o embaixador russo é o principal meio para a comunicação entre os países - tanto para enviar mensagens diretas ao Kremlin quanto para repudiar os ataques da Rússia à Ucrânia.
“O quadro de segurança europeu mudou drasticamente nas últimas semanas. Com esta decisão, estamos enviando um sinal claro a Moscou de que não aceitaremos que oficiais de inteligência russos estejam espionando em solo dinamarquês. Eles representam um risco para a nossa segurança nacional que não podemos ignorar” , afirmou o ministro.
A Letônia divulgou que dois consulados russos foram fechados, em Daugavpils e Liepāja. O país condenou a invasão russa na Ucrânia e prestou solidariedade ao país chefiado por Volodymyr Zelensky. Os funcionários desses consulados serão classificados persona non grata no país.
Na Estônia, a embaixada em Tartu e o consulado em Narva serão fechados. Pelo menos 14 funcionários, entre eles diplomatas, serão expulsos do país. O subsecretário Märt Volmer fez a solicitação ao embaixador russo no país, Vladimir Lipaev.
“À luz das constantes notícias de atrocidades cometidas pelas forças russas, inclusive em Bucha e em outros lugares, não se pode falar de negócios como de costume, especialmente em vista da grave violação do direito internacional pela Rússia” , disse Volmer.
Em ambos os países, os consulados poderão funcionar até o fim do mês, no 30 de abril. Esse prazo é o mesmo para os funcionários deixarem o país.
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