China não tem interesses egoístas na Ucrânia, afirma ministro

Executivo de Relações exteriores chinês, porém, também destacou que não está indiferente ao conflito

Ministro das Relações Exteriores chinês afirmou não estar indiferente ao conflito
Foto: Reprodução/R7 20.03.2022
Ministro das Relações Exteriores chinês afirmou não estar indiferente ao conflito


O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, conversou nesta segunda-feira (4) com o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, e disse que o governo chinês "não busca interesses geopolíticos egoístas na Ucrânia " nem está "indiferente ao conflito" iniciado pela Rússia em 24 de fevereiro.

Este é o segundo telefonema entre os chanceleres em cerca de um mês. "A China tem apenas uma expectativa sincera que é a paz e congratula-se com as conversações entre a Rússia e a Ucrânia, apelando às partes para que se engajem nas negociações, apesar das dificuldades que enfrentam e das diferenças", disse Wang.

Em nota, Pequim reforça que "manterá uma posição objetiva e justa e continuará a desempenhar um papel construtivo à sua maneira".

Durante o telefonema, que ocorreu três dias após a cúpula dos líderes da China e da União Europeia, Wang ressaltou a importância de tiras as lições da crise e encontrar uma maneira "de manter a segurança na Europa, convidando as partes interessadas a conduzirem um diálogo igualitário".

Além disso, os dois chanceleres debateram a necessidade de "criarem um quadro de segurança europeu equilibrado, eficaz e sustentável, baseado no princípio da segurança indivisível".


"A China acredita que o lado ucraniano tem sabedoria suficiente para fazer escolhas de acordo com os interesses fundamentais de seu povo", acrescentou Wang, agradecendo o governo de Kiev por seus esforços para ajudar na evacuação segura dos cidadãos chineses.

Kuleba, por sua vez, disse que a China é um grande país, "uma força positiva na salvaguarda da paz", e enfatizou que "a Ucrânia está disposta a manter a comunicação bilateral, esperando que continue a desempenhar um papel importante no fim do conflito".

Por fim, o ministro ucraniano acrescentou que "concordou com as opiniões da China sobre a questão da Ucrânia e agradeceu a assistência humanitária ao seu país".

Na semana passada, a União Europeia e a China realizaram um encontro virtual de alto nível e, apesar do debate de diversos assuntos, a guerra na Ucrânia a as relações com a Rússia foram o centro das discussões.

Os europeus voltaram a cobrar Pequim para que ajude no processo de paz e não tente ajudar Moscou a burlar as duras sanções econômicas impostas pelo bloco contra os russos. 

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