Zelensky afirma que não irá negociar “desnazificação” da Ucrânia

Mandatário ucraniano rejeita ideia de que invasão russa tenha relação com suposta nazificação do país

Zelensky publicou três decretos neste domingo sobre a guerra
Foto: Reprodução/Facebook
Zelensky publicou três decretos neste domingo sobre a guerra

Neste domingo (27), em entrevista online a jornalistas russos, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que seu país está pronto para adotar a neutralidade em um acordo de paz com a Rússia. Zelensky também se recusou a falar sobre “desnazificação” e “desmilitarização” durante a reunião com o rival.

Judeu, o mandatário ucraniano nega a existência de grupos nazistas no seu país. “Não vamos nos sentar à mesa se tudo o que falamos é alguma ‘desmilitarização’ ou alguma ‘desnazificação’. Para mim, são coisas absolutamente incompreensíveis”, disse.

Zelensky se colocou como um defensor do diálogo com a Rússia antes mesmo do conflito se iniciar, mas “desde que haja um resultado”. Sobre a adoção do status de neutralidade, ele disse que decisão terá de ser submetida a um referendo.

“Precisamos de um acordo com o presidente [Vladimir] Putin. Os fiadores não assinarão nada se houver tropas [na Ucrânia]”, falou. “Garantias de segurança e neutralidade, status não nuclear do nosso Estado. Estamos prontos para isso. Este é o ponto mais importante", disse o presidente ucraniano.

A entrevista com Zelensky está proibida de veicular na Rússia. Essa medida foi imposta pelo regulador de comunicações do país, Roskomnadzor. Ele avisou que “vai determinar o grau de responsabilidade e tomar medidas de resposta” caso isso aconteça.

Num vídeo que foi ao ar na noite de domingo (27), o presidente da Ucrânia afirma que o Kremlin está “assustado”, pois os jornalistas russos “podem dizer a verdade” ao povo.

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