Johnson diz que 'seria o fim de Putin' se armas químicas forem usadas
A declaração foi dada pelo premiê britânico após a cúpula da Otan e a reunião do G7 em Bruxelas.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse nesta quinta-feira (24) que o possível uso de armas químicas pela Rússia na Ucrânia desencadearia uma onda de "horror visceral" entre os líderes mundiais e teria "consequências catastróficas" para o próprio presidente Vladimir Putin .
A declaração foi dada pelo premiê britânico após a cúpula da Otan e a reunião do G7 em Bruxelas.
Johnson reforçou que compartilhava o medo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden , de que a denúncia de Moscou da suposta descoberta de laboratórios de armas biológicas na Ucrânia pudesse ser uma provocação em vista do uso de "armas químicas sob falsa bandeira".
Apesar de tudo, o premiê do Reino Unido disse acreditar que "Putin entende" que tal escolha seria "profundamente catastrófica para ele". Mais cedo, autoridades da Ucrânia voltaram a acusar a Rússia de utilizar bombas de fósforo, tipo de substância cujo uso é limitado por uma convenção internacional da qual Moscou é signatária.
Desde o início da guerra, o Reino Unido já sancionou mais de mil indivíduos e entidades russas até agora. "A mensagem que Putin pode levar é: a Ucrânia não está sozinha. Estamos com o povo de Kiev, Mariupol, Lviv e Donetsk", disse Johnson.
"Como o próprio presidente [da Ucrânia, Volodymyr] Zelensky disse, o povo da Ucrânia deve prevalecer e Putin deve falhar. E ele irá".
Em entrevista a repórteres, Johnson aproveitou para anunciar uma ajuda militar à Ucrânia. "O Reino Unido enviará mais 6 mil mísseis e fornecerá 25 milhões de libras em financiamento para as forças armadas", disse.
Além disso, anunciou o envio de novas tropas para países parceiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que ficam mais ao leste da Europa.
"Estamos reforçando nosso apoio aos países da Otan na linha de frente enviando um novo grupo de tropas do Reino Unido para a Bulgária, além de dobrar nossas tropas na Polônia e na Estônia.
A Ucrânia não está sozinha", concluiu.