Ucrânia passa por colapso na exportação de alimentos, afirma ONU
Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas busca ampliar as operações no país em conflito com a Rússia
Nesta sexta-feira (18), O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a Ucrânia enfrenta um colapso na exportação de alimentos.
As dificuldades estariam sendo causadas pelas estradas destruídas e armazéns danificados em todo o território ucraniano. A agência busca ampliar as operações no país em conflito, prestando ajuda humanitária.
O PMA trabalha com a prestação de assistência alimentar a países abaixo da linha pobreza. A organização compra quase 50% de seus suprimentos de trigo da Ucrânia — com o início do conflito, o preço do alimento foi elevado.
O coordenador de situações emergenciais da organização, Jakob Kern, divulgou que a agência está pagando US$ 71 milhões (por volta de R$ 360 milhões) a mais por mês e que o “valor acrescido alimentaria 4 milhões de pessoas”.
Kern destacou o trabalho duplo da agência: fornecer ajuda humanitária a Ucrânia e transportar alimentos para a Etiópia, Iémen e Afeganistão. Afirmou também, que os “suprimentos em cidades cercadas como em Maripuol estão acabando”.
A guerra já dura 23 dias
Os conflitos entre Ucrânia e Rússia completam 23 dias nesta sexta-feira. Há esperança de conversa entre os mandatários de os Estados Unidos e China — Joe Biden e Xi Jinping, respectivamente — para discutir a posição dos chineses na guerra.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, relembrou a importância do alinhamento entre a China e os EUA quanto ao conflito.
Nesta sexta, uma fábrica de reparos de aeronaves em Lviv, nas proximidades do aeroporto da cidade, foi atingida por mísseis russos. Segundo o prefeito, Andriy Sadovy, as atividades da fábrica foram encerradas e não e não houve vítimas.
O Ministério da Defesa do Reino Unido declarou, pelo Twitter, que “as forças russas fizeram progressos mínimos nesta semana”. Os ucranianos de Kiev e Mykolaiv “continuam a frustrar as tentativas russas de cercar as cidades”. Segundo o órgão, “as cidades de Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mariupol continuam cercadas e sujeitas a bombardeios russos”.
Segundo levantamentos da ONU, cerca de 3,2 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia desde o dia 24 de fevereiro, quando começou a invasão russa no país. “Este número continuará a aumentar como resultado da contínua agressão russa”, disse o Ministério da Defesa do Reino Unido.
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