Corte da ONU determina que Rússia suspenda ataques 'imediatamente'

Em audiência, juíza-presidente afirmou que questão 'levanta problemas muito sérios de direito internacional'

Joan Donaghoue, juíza-presidente da CIJ, determinou que a invasão russa à Ucrânia seja suspensa
Foto: Reprodução/Redes Sociais/ICJ 16.03.2022
Joan Donaghoue, juíza-presidente da CIJ, determinou que a invasão russa à Ucrânia seja suspensa

A Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal da ONU que analisa as disputas entre estados, respondeu hoje ao pedido de emergência feito pelo governo da Ucrânia após a invasão russa comandada por Vladimir Putin.

Em audiência realizada mais cedo, a juíza-presidente Joan Donaghoue determinou que a Rússia suspenda 'imediatamente' a ofensiva militar em curso.

"A Federação Russa deve suspender imediatamente as operações militares iniciadas em 24 de fevereiro de 2022 em território ucraniano", disse.

Segundo Joan, "a Corte está bem ciente da magnitude da tragédia humana na Ucrânia e está profundamente preocupada com o uso da força russa, que levanta problemas muito sérios de direito internacional.

No pedido, Kiev afirma que a invasão foi feita com base em afirmações falsas, como a de que estaria acontecendo um "genocídio" contra a população de origem russa no leste da Ucrânia.

Na primeira semana de março, foram realizadas duas audiências para debater o assunto, mas nenhum representante russo compareceu - o governo chegou a questionar se o tribunal tinha competência para julgar o caso, pedindo para que o assunto fosse retirado de pauta.

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