Rússia diz ter "voluntários" que lutaram contra o Estado Islâmico
Autoridades ucranianas, porém, afirmam que "recrutados" russos são ex-combatentes do grupo terrorista
O ministro da Defesa da Rússia, Serghei Shoigu, afirmou nesta sexta-feira (11) que mais de 16 mil "voluntários" de vários países do Oriente Médio expressaram desejo de lutar ao lado do Exército russo na região do Donbass, na Ucrânia.
"Estamos recebendo um número colossal de pedidos de voluntários de vários setores de muitos países que querem ir às Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk. O maior montante vem do Oriente Médio, de onde recebemos 16 mil de pedidos", disse Shoigu em entrevista à agência "Interfax".
O político esclareceu que a Rússia "considera necessário aceitar essas demandas", pois as pessoas que se voluntariaram "não querem dinheiro". Shoigu acrescentou que esses "voluntários" lutaram contra o Estado Islâmico na Síria ao longo da última década.
Já Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que muitas dessas pessoas recrutadas pela Rússia são ex-combatentes do grupo terrorista.
"Fontes oficiais russas, incluindo o ministro Shoigu, anunciaram o recrutamento apressado de 16 mil ex-combatentes do Estado Islâmico para usá-los contra civis ucranianos", escreveu Podolyak.