Zelensky pede aeronaves russas em reunião com senadores americanos
O encontro ocorreu no momento em que Congresso dos EUA está decidindo se enviará mais ajuda à Ucrânia
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um “pedido desesperado” para que o Leste Europeu forneça aeronaves de fabricação russa para a Ucrânia , durante uma reunião virtual com senadores dos Estados Unidos neste sábado.
O teor do encontro foi revelado pelo líder da maioria da Câmara, o democrata Chuck Schumer. "Esses aviões são muito necessários. E farei todo o possível para ajudar o governo a facilitar sua transferência", disse Schumer em comunicado.
A reunião ocorre no momento em que o Congresso americano está decidindo se enviará mais ajuda à Ucrânia, incluindo um pedido de emergência de US$ 10 bilhões feito pelo presidente americano, Joe Biden.
Nas redes sociais, os senadores republicanos Steve Daines e Marco Rubio postaram imagens do presidente ucraniano durante a reunião. Todos os legisladores, no entanto, haviam sido solicitados a não postar nada sobre o encontro, a fim de "proteger a segurança" de Zelensky, que teria sido alvo de várias tentativas de assassinato. O democrata Dean Phillips criticou os republicanos por sua "ignorância terrível e imprudente".
Um dia antes do encontro, uma declaração feita por outro republicano, o senador Lindsey Graham, provocou polêmica mesmo entre os críticos do presidente russo: em entrevista à Fox News, Graham disse que alguém na Rússia "deveria dar um passo adiante" e "acabar com esse cara".
"Há algum Brutus na Rússia?" disse, referindo-se à histórica conspiração contra o imperador romano Júlio César, assasinado em 44 a.C. "A única forma disso acabar é se alguém na Rússia acabar com esse cara".
Após a declaração, o embaixador dos EUA no país, John Sullivan, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores da Rússia para ser informado de que o comentário de Graham seria tratado como um crime grave na Rússia.
Em nota, a chancelaria russa disse ainda que as declarações do senador americano terá um “efeito devastador adicional nas relações russo-americanas”, já em frangalhos após as sanções ocidentais contra a Rússia por sua invasão da Ucrânia.
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