Rússia restringe acesso a sites de notícias estrangeiros
Entre as organizações de notícias estrangeiras 'proibidas' estão a BBC e a Deutsche Welle, por divulgar o que a Rússia classificou como informações falsas
Em meio aos conflitos com a Ucrânia, a agência de comunicação da Rússia restringiu o acesso aos portais online de várias organizações de notícias estrangeiras, incluindo a BBC e a Deutsche Welle.
A medida foi tomada, segundo a agência, pelo fato desses sites divulgarem o que classificou como informações falsas, em meio a atritos sobre reportagens em relação à Ucrânia.
O governo russo reclama repetidamente que a mídia ocidental apresenta uma visão parcial - e muitas vezes anti-russa - do mundo, enquanto não atribuem aos seus próprios líderes a responsabilidade por guerras estrangeiras devastadoras, como Iraque, e pela corrupção.
O órgão regulador disse nesta sexta-feira (4) que bloqueou a BBC, Voice of America, Radio Free Europe/Radio Liberty, Deutsche Welle e outros meios de comunicação, informou a agência de notícias Interfax.
A BBC disse que não seria dissuadida. "O acesso a informações precisas e independentes é um direito humano fundamental que não deve ser negado ao povo da Rússia, milhões dos quais confiam na BBC News todas as semanas" , afirmou.
" Continuaremos nossos esforços para disponibilizar a BBC News na Rússia e no resto do mundo", declarou. Porém, até o momento, alguns usuários na Rússia não conseguiram acessar o site da BBC nesta sexta-feira.
Há anos, líderes ocidentais se preocupam acerca do domínio da mídia estatal na Rússia e dizem que as liberdades conquistadas quando a União Soviética entrou em colapso em 1991 foram revertidas pelo presidente Vladimir Putin.
Segundo a agência de notícias russa RIA, o acesso aos sites do serviço russo da BBC, da Radio Liberty e do meio de comunicação Meduza estava sendo limitado, citando o registro oficial do órgão de vigilância da mídia.
Um aviso oficial divulgado em 3 de março pelo órgão de vigilância de comunicações russo afirmou que o serviço russo da Radio Liberty havia espalhado "informações socialmente significativas obviamente falsas sobre o suposto ataque russo ao território ucraniano".
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