Assim como o Brasil, Argentina não irá impor sanções à Rússia
No sentido contrário ao argentino, empresas como Airbnb e Google anunciam mais restrições por conta da guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia
A Argentina anunciou que não vai impor sanções contra a Rússia em função da guerra contra a Ucrânia , disse o ministro das Relações Exteriores do país, Santiago Cafiero. “A Argentina não considera as sanções unilaterais um mecanismo para gerar paz, harmonia ou diálogo franco que sirva para salvar vidas”, disse ele, na quinta-feira.
Cafiero acrescentou que a Argentina não seria capaz de causar tanto impacto quanto os maiores parceiros comerciais da Rússia, porque “a Argentina realmente não tem uma interdependência econômica tão poderosa com a Rússia”. O chanceler disse, no entanto, que a Argentina aceitaria refugiados da Ucrânia.
No resto do mundo, entretanto, o movimento de boicote à Rússia segue curso. Em um tuíte publicado nessa quinta-feira, o CEO da Airbnb, Brian Chesky, disse que a empresa de aluguel de imóveis por temporada está suspendendo todas as operações na Rússia e na Bielorrússia.
Em outra frente de boicote,o Google decidiu suspender toda a sua publicidade na Rússia, incluindo os serviços de pesquisa e YouTube. A decisão foi tomada após o regulador de internet do país exigir que a empresa do Vale do Silício parasse de exibir o que considerava anúncios com informações falsas sobre a invasão russa da Ucrânia.
A empresa já havia suspendido de suas páginas na internet a publicidade de conteúdo produzida pela mídia estatal russa. Em um comunicado, o Google reafirmou ter bloqueado anúncios relacionados ao conflito porque não desejava que as pessoas aproveitassem a crise para obter ganhos financeiros.