Putin disse a Macron por telefone que evitará ataques contra civis
Invasão russa já dura cinco dias. Governo ucraniano fala em cerca de 300 mortes de cidadãos, incluindo crianças
Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Rússia, Vladimir Putin, conversaram por telefone por cerca de uma hora e meia nesta segunda-feira (28), informa uma fonte do governo de Paris.
O francês pediu um "cessar-fogo imediato" na guerra da Ucrânia , que entra no quinto dia de ataques russos contra todo o país, e que sejam evitados alvos civis nos ataques, como ocorreram nos últimos dias em Kiev e Kharkiv, especialmente. O governo ucraniano fala em cerca de 300 mortes de civis, incluindo 16 crianças.
Além disso, Macron ainda pediu que sejam evitados ataques em infraestruturas civis e nas estradas, especialmente, nas que têm destino a capital Kiev. O francês ainda pediu o respeito "ao direito internacional humanitário, com o transporte de ajuda".
Putin se comprometeu em "empenhar-se nesses três pontos" - cessar-fogo, ações em áreas civis e ajuda humanitária - e a "suspender todos os ataques contra civis e contra residências" Também "concordou a ficar em contato nos próximos dias para prevenir o agravamento da situação".
Já segundo a agência de notícias russa Tass, Putin teria informado que um acordo com a Ucrânia para encerrar a guerra "só será possível após a desmilitarização e 'desnazificação'" de Kiev, que precisa "ter um status neutro". Também teria exigido o reconhecimento internacional da Crimeia, península anexada pelos russos em 2014.
Macron vem sendo um dos mais ativos líderes europeus nas negociações antes e durante a guerra, tendo mantido contato constante com Putin. O francês chegou a ir para Moscou para negociar pessoalmente com o presidente russo, mas os apelos não surtiram efeitos e o mandatário iniciou um ataque total contra os ucranianos na quinta-feira (24).
Como resposta aos combates bélicos, a União Europeia e seus aliados ocidentais impuseram uma série de duras sanções financeiras contra membros do governo - incluindo Putin -, bancos, empresas e oligarcas para tentar fazer Moscou parar com os ataques. Além disso, os russos estão impedidos de voar no espaço aéreo da União Europeia e Reino Unido.
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