Guerra na Ucrânia: polícia russa volta a prender manifestantes
Cerca de duas mil pessoas foram presas por irem a duas grandes manifestações em Moscou e em São Petersburgo
Uma nova manifestação em São Petersburgo, na Rússia, contra a guerra iniciada pelo governo na Ucrânia foi realizada neste domingo (27) e dezenas de russos foram reprimidos e presos pela polícia local, mostram imagens divulgadas pelas emissoras de televisão.
Na última sexta-feira (25), cerca de duas mil pessoas foram presas por irem a duas grandes manifestações em Moscou e em São Petersburgo que também pediam o fim do ataque aos ucranianos.
Apesar de menores, os atos mostram uma situação quase inédita nos últimos anos com a população não concordando com as ações do presidente Vladimir Putin, no poder entre os cargos de premiê e presidente desde 1999.
Para tentar conter a divulgação dessas informações e de ampliação dos protestos, o governo russo limitou o alcance das redes sociais como Twitter e Facebook e proibiu que as emissoras e jornais - em sua quase totalidade estatais - publiquem que a Rússia está fazendo uma guerra no país vizinho.
A situação é bastante diferente de 2014, quando Putin anexou unilateralmente a Crimeia quase sem resistência e combates e apoiou as áreas separatistas de Lugansk e Donetsk. Agora, segundo relatos publicados por muitas emissoras internacionais, grande parte dos russos sequer entendem os motivos de Moscou ter atacado a Ucrânia, país com quem tem uma ligação longa e profunda.
Europa - Também na Europa foram diversas as manifestações contra a guerra na Ucrânia. A maior delas ocorreu em Berlim, na frente do Portão de Brandemburgo, com cerca de 100 mil pessoas, conforme dados da polícia.
Os organizadores se surpreenderam com o tamanho do ato, pois esperavam "apenas" 20 mil pessoas, mas afirmam que há meio milhão de manifestantes nas ruas. É o maior protesto do tipo registrado no mundo desde que os ataques russos começaram na última quinta-feira (24).
Em menor proporção, as cidades italianas de Pisa, Verona e Nápoles também realizaram atos, assim como Paris e Londres.
O ataque contra a Ucrânia gerou uma condenação unânime dos maiores países ocidentais e de grande parte da comunidade internacional.
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