Domingo é marcado por protestos anti-guerra em países da Europa
Alemanha, Praga, Madri, Londres e Copenhagen registraram atos
Diversas cidades europeias registraram protestos contra a invasão russa à Ucrânia iniciada na última quinta-feira (24) . Em Berlim, manifestantes carregavam cartazes contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nas ruas ao redor do Portão de Brandemburgo.
Segundo o The Guardian, autoridades locais estimam que mais de 100 mil pessoas estiveram na manifestação. O líder sindical Frank Werneke frisou que se tratava de um ato especificamente contra Putin, e não contra a Rússia. "É importante frisar que Putin não é a Rússia", disse ao jornal inglês.
As agências internacionais relataram atos também em Praga, Madri, Londres e Copenhague. Em Praga, 80 mil pessoas se reuniram na praça-central. O primeiro-ministro da República Tcheca, Petr Fiala, discursou, dizendo que ainda se lembrava dos tanques russos tomando a capital há mais de 50 anos.
Na capital espanhola, os manifestantes levaram bandeiras ucranianas às ruas, levantando cartazes pedindo a paz e condenando Putin. O ponto de encontro em Londres foi a Praça Trafalgar. Ingleses, russos e ucranianos estiveram juntos reafirmando os laços entre os dois países. Nos cartazes, frases como "os russos não querem a guerra". This morning more than 500,000 people took to the streets of #Berlin to protest against #Russian invasion of #Ukriane
. The world is united against the occupants. #StandWithUkriane 💙💛 pic.twitter.com/F7u8XmTBa1
Outras 400 pessoas estiveram em frente a embaixada ucraniana em Copenhague. Eles acenderam velas e colocaram flores como forma de demonstrar apoio pelo povo do país.
Quarto dia de conflito
Na última quinta-feira, o presidente da Rússia Vladimir Putin ordenou que as tropas que já faziam exercícios militares nas fronteiras invadissem a Ucrânia. O presidente russo não aceita o interesse do país vizinho em integram a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar do ocidente.
Durante à noite, os bombardeios se intensificam em endereços militares, mas ao contrário do que afirmam os militares russos, bombas e mísseis já atingiram residências, hospitais, escolas e outras instalações civis. Até este domingo, estima-se que cerca de 210 ucranianos tenham morrido, e 4,3 mil russos - a Rússia não divulga números oficiais de vítimas, apenas os equipamentos militares destruídos.
Na madrugada de hoje, a segunda maior cidade do país, Kharkiv, foi bombardeada . Um prédio de nove andares com civis foi atingido por um míssil - uma mulher morreu e 20 pessoas precisaram ser evacuadas. Outros 60 moradores estavam em um abrigo em uma área subterrânea e não se feriram.
O ministro ucraniano do Interior, Evgeny Yenin, informou à CNN que Rússia e Ucrânia conversam de maneira informal para iniciar a negociação de um cessar-fogo amanhã (28) .
Mais de 4 mil pessoas já foram presas na Rússia em protestos contra a Guerra. Na quinta-feira, o Comitê de Investigação da Rússia informou que a participação em qualquer protesto contra a guerra na Ucrânia era ilegal. O órgão russo também afirmou que ofensas poderiam ser inscritas nos registros criminais dos participantes.
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