Crise na Ucrânia: Itamaraty defende resolução diplomática do conflito
Governo brasileiro diz que está em linha com a tradição diplomática do Brasil e com princípios estabelecidos pelas Nações Unidas
Apesar das pressões de outros parceiros internacionais, como Estados Unidos e Alemanha, o governo brasileiro manteve, nesta quinta-feira, sua posição de não condenar os ataques da Rússia à Ucrânia.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, o Itamaraty informou que o Brasil acompanha “com grave preocupação” a deflagração de operações militares pelos russos contra alvos no território ucraniano.
“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, diz um trecho da nota.
De acordo com o Itamaraty, como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais “com vistas a uma solução pacífica”.
Esse posicionamento, ressaltou o órgão, ocorre em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, “sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias”.