Chanceler diz que elabora plano para retirar brasileiros da Ucrânia

Espaço aéreo foi fechado, mas governo avalia fazer retirada de cidadãos por via terrestre ou ferroviária

Carlos França, ministro das Relações Exteriores, e o presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução/ Youtube Jair Bolsonaro
Carlos França, ministro das Relações Exteriores, e o presidente Jair Bolsonaro

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse que a pasta trabalha na elaboração de um plano de contingência para retirar os cidadãos brasileiros da Ucrânia. O país no leste europeu é alvo de bombardeios da Rússia , que deflagrou uma guerra por conta da aproximação do governo ucraniano com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).



A Otan foi criada em 1949 para se opor à hoje extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que já teve a Rússia, a Ucrânia e outros 13 países como seus integrantes.


Com o aumento da tensão no território ucraniano, governos de diversos países como Estados Unidos e até a Rússia retiraram seus cidadãos de lá. O Brasil, no entanto, não o fez.


Agora, o país enfrenta dificuldade para colocar em prática essa operação, uma vez que o espaço aéreo foi bloqueado . França afirmou que todas as possibilidades são consideradas, como fazer a retirada dos cidadãos por meio terrestre ou ferroviário.


Presente na tradicional live de quinta-feira (24) do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele evitou dar detalhes do plano de contingência, mas adiantou que "envolve contato com países vizinhos", a exemplo da Polônia e da Romênia, além de uma "negociação intensa" com as autoridades ucranianas. "Só vamos tirar os brasileiros ali daquela região quando nós tivermos as condições ideais de segurança e que nós possamos garantir o trajeto até um país vizinho ou até o Brasil de forma segura  e ordenada", ressaltou.


Enquanto isso, brasileiros na Ucrânia ou na Rússia que desejem se comunicar com o Itamaraty, devem fazer contato através do Plantão Consular (61 98260-0610), disponível 24 horas por dia. A recomendação é para que os cidadãos mantenham o governo informado sobre suas condições e, no caso daqueles mais próximos às zonas de conflito, que tentem se dirigir à capital ucraniana.

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** Ailma Teixeira é repórter nas editorias Último Segundo e Saúde, com foco na cobertura de política e cidades. Trabalha de Salvador, na Bahia, cidade onde nasceu e se formou em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 2016. Em outras redações, já foi repórter de cultura e entretenimento. Atualmente, também participa do “Podmiga”, podcast sobre reality show, e pesquisa sobre podcasts jornalísticos no PósCom/Ufba.