Após enviar tropas à Ucrânia, Rússia diz estar "pronta para negociar"
Fala ocorre um dia após o governo russo impactar o mundo com o envio de tropas para a Ucrânia e ao anunciar independência de Luhansk e Donetsk
Um dia após o presidente Vladimir Putin anunciar que vai reconhecer a independência das autoproclamadas repúblicas de Luhansk e Donetsk, no Leste da Ucrânia, e enviar tropas militares à região , o governo russo afirmou que está pronto para negociar com os Estados Unidos.
"Mesmo nesses momentos tão difíceis, nós dizemos: estamos prontos para negociações", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova. De acordo com ela, o chanceler Serguei Lavrov, irá até Genebra para discutir a crise com o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na próxima quinta-feira (24).
Ontem, após anunciar a independência de Luhansk e Donetsk , onde separatistas pró-Moscou controlam boa parte do território desde 2014 e travam uma guerra que deixou cerca de 15 mil mortos, Putin determinou o envio de uma "missão de paz" aos dois territórios .
Militares ucranianos dizem que dois soldados foram mortos por disparos de separatistas pró-Rússia nas últimas 24 horas, na região de Donbass.
Após as decisões do presidente russo, o Reino Unido e outras nações começaram a anunciar sanções econômicas ao país. Nessa segunda (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva com sanções financeiras a Donetsk e Luhanks . Na Itália, diversos políticos também se manifestaram a favor da penalidade após o discurso de Putin.
Além disso, o Petróleo e a Bolsa reagiram ao envio das tropas russas . As Bolsas globais caem e o petróleo se aproxima de US$ 100.