Biden anuncia pacote de sanções contra Rússia
Presidente afirmou que “novas sanções e sistemas de defesa” podem ser anunciados caso a Rússia avance sobre a Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (22) um pacote de sanções contra a Rússia como resposta contra o avanço do país sobre o território da Ucrânia. Biden afirmou que não pretende entrar em combate com o país de Putin, mas que o pacote servirá como um “aviso”.
Em anúncio, o presidente afirmou que “instituições financeiras serão bloqueadas, assim como o financiamento internacional nos mercados europeus e ocidentais. Famílias russas que financiam armas russas serão também penalizadas e o gasoduto (entre Rússia e Alemanha) bloqueado".
"O presidente Putin pediu autorização do parlamento para usar a força fora do território russo, isso armou palco para uma provocação ainda maior, que justifique ações militares [...] Ao respondermos, o meu governo está usando tudo que está em nossas mãos, protegendo consumidores e empresas da subida de preço. Defender a liberdade tem um custo", disse o presidente.
Segundo o jornal O Globo, as instituições bloqueadas serão o VEB, banco público equivalente ao BNDES brasileiro, e o banco militar. O país também visa restringir a dívida soberana da Rússia, o que vai impedir Moscou de arrecadar dinheiro no Ocidente, e vai sancionar membros da elite russa e seus familiares.
Essas medidas entrarão em vigor já a partir de quarta-feira (23). Biden salientou, inclusive, que essa é apenas a "primeira parcela" das novas penalidades ao governo Putin.
Além disso, o presidente americano disse que enquanto a Rússia planeja o próximo movimento, as respostas da Otan e aliados também estão sendo organizadas. Novas sanções e sistemas de defesas podem ser anunciados a qualquer momento.
“Nós ainda acreditamos que a Rússia irá atacar, ela só aumentou essa ameaça nos últimos dias. São mais de 150 mil militares russos ao redor da Ucrânia, as forças estão prontas para atacar”, afirmou.
Biden finalizou o discurso dizendo que espera que "a diplomacia ainda seja uma alternativa" para lidar com a tensão no leste europeu, mas que irá "julgar" a Rússia pelos próximos passos e responderá com "união, clareza e decisões".