G7 pode aplicar sanções com 'impacto enorme' contra Rússia
Após fim de semana tenso, petróleo dispara e bolsas caem
Os ministros de Economia e Finanças do G7, grupo que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, emitiram uma nota nesta segunda-feira (14) em que afirmam que a Rússia pagará um alto preço no caso de um ataque à Ucrânia.
"A nossa prioridade imediata é apoiar os esforços para uma desaceleração da situação. Qualquer outra agressão à Ucrânia será recebida com uma ação coordenada e vigorosa. Estamos preparados para impor coletivamente sanções econômicas e financeiras com consequências enormes e imediatas contra a economia russa", diz a nota oficial.
O G7 - que inclusive era G8 até 2014 e excluiu a Rússia de seu quadro após a anexação unilateral da península ucraniana da Crimeia, no início da crise na região - ainda ressaltou que o aumento da presença militar das tropas de Moscou nas áreas de fronteira "é motivo de grande preocupação".
A crise na Europa oriental piorou após o fim de semana, quando os Estados Unidos voltaram a reiterar que os russos farão um ataque a qualquer momento e os países ocidentais começaram a orientar seus cidadãos a deixarem a Ucrânia o mais rápido possível. Por sua vez, o Kremlin voltou a reiterar que não vai atacar o país vizinho e que as acusações não passam de "histeria e alarmismo".
Petróleo e bolsas
Após o fim de semana tenso por conta da crise, o mercado já reagiu negativamente nesta segunda-feira. O preço do petróleo WTI chegou a se aproximar dos US$ 95 - no patamar de setembro de 2014 - enquanto o Brent cotado em Londres chegou a US$ 95,66.
O gás natural também teve alta nas bolsas de Amsterdã e Londres.
Já as Bolsas de Valores têm um dia de perdas em todo o mundo. As asiáticas registraram queda e analistas apontam que a crise ucraniana é o principal motivo. Tóquio fechou em queda de 2,23%; Hong Kong de -1,47%; Xangai (-1,27%); Shenzen (-0,88%); Seul (-1,57%) e Mumbai (-2%).
As europeias também abriram com quedas significativas - Paris (-2,05%), Frankfurt (-2,33%), Madri (-2,43%), Milão (-3,1%) e Londres (-0,11%).