Tonga: Capital foi coberta por cinzas após erupção de vulcão submarino
Informações sobre estragos no país ainda são escassas após perda de grande parte da rede de comunicação
Os detalhes dos estragos causados pela erupção do vulcão submarino Hunga-Tonga-Hunga-Ha'apai, em Tonga, no Pacífico Sul, no sábado (15), ainda são escassos — grande parte da rede de comunicação foi perdida após a explosão e do tsunami que ocorreu em seguida — mas o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês) publicou nesta segunda-feira um relatório com um balanço inicial. Os telefones via satélite são o único instrumento para contato com o exterior, mas nem sempre funcionam.
O documento informa que a capital Nuku’alofa está coberta por uma camada de dois centímetros de cinzas e poeira vulcânica. A situação na cidade foi descrita como "estável" e os primeiros esforços de limpeza já estão sendo feitos. A orla está seriamente danificada com rochas e detritos empurrados pelo tsunami.
Danos estruturais significativos foram reportados ao redor da ilha de Tongatapu, a principal do país. Além disso, ainda há regiões com as quais não foi possível fazer contato, como o arquipélago de Ha'apai.
Há preocupação particular com relação a duas pequenas ilhas: Mango e Fonoi. Um sinal de socorro ativo foi detectado em Mango. Nenhum dano significativo foi relatado no aeroporto de Fua'amotu e ainda não foram feitas avaliações nos portos de Nuku'alofa e 'Eua.
Os sistemas telefônicos locais estão sendo restaurados e a energia elétrica também foi restaurada em algumas partes da capital. Não há mortes confirmadas até o momento.
Neste domingo (segunda-feira no horário local) a Força de Defesa da Nova Zelândia enviou um voo de reconhecimento para tentar avaliar a completa extensão dos danos na pequena nação insular. A primeira tentativa aérea foi realizada uma dia antes, mas a operação não teve sucesso porque havia uma espessa nuvem de cinzas de 19 mil metros de altura na região.