Policial é preso por alegar invalidez e andar 10 mil passos todos os dias

Celular do oficial britânico registrou as caminhadas e partidas de futebol disputadas diariamente; corporação pagou ao agente de segurança mais de R$ 1 milhão no período em que permaneceu afastado

Foto: Reprodução
Policial é preso por alegar invalidez e andar 10 mil passos todos os dias

Matthew Littlefair, um  policial britânico de 36 anos, foi preso na manhã desta sexta-feira (05) após sua corporação descobrir que o agente de segurança vivia uma vida normal enquanto alegava estar 'invalidado' para trabalhar. As informações são do portal Daily Mail.

Após sofrer um acidente de carro em outubro de 2017, Littlefair passou a alegar que sentia dores crônicas, que o impediam de desempenhar sua função de policial. Com isso, passou a receber se salário de maneira integral. O total acumulado no período ultrapassa as £150,000 - ou mais de R$ 1 milhão.

Após uma investigação, foi possível concluir através do celular de Matthew que ele vivia uma vida normal. Andava mais de 10 mil passos por dia, jogava futebol aos finais de semana, levava seu cachorro para passear, andava de bicicleta e jogava rugby.

Ao ser questionado sobre sua vida de atleta, o rapaz disse que se exercitava a base de analgésicos. Porém, em sua residência foram encontrados sacos lacrados de medicamento não utilizados. Os exames de sangue também não apontaram a presença dos remédios.

Um juiz condenou Lottlefair por dois anos e três meses de detenção e alegou que sua "arrogância" prejudicaria na imagem pública da polícia.


"Este ano, um policial foi processado por sequestro, estupro e assassinato. Outros dois esta semana foram processados ​​por tirar fotos de um cadáver e agora este caso vai afetar confiança do público no serviço policial", afirmou o jurista.

Steve Noonan, diretor de investigações local, afirmou que as "ações deste ex-oficial da Polícia de Dorset não foram apenas enganosas e egoístas, mas têm o potencial de prejudicar a confiança pública e no serviço policial. Foi descoberto que o ex-policial agiu de forma fraudulenta ao desvirtuar a extensão de seus ferimentos, e o resultado de hoje mostra que tal comportamento enganoso não será tolerado".