Alemã que foi do Estado Islâmico é presa por dez anos após escravizar criança
Jennifer Wenisch foi responsável por deixar uma criança Yazidi de cinco anos morrer de sede em 2015
Uma mulher alemã, noiva de um dos membros do Estado Islâmico, foi sentenciada a dez anos de prisão nesta segunda-feira (25) em Munique, na Alemanha. Ela é a responsável por escravizar uma menina Yazidi de cinco anos e deixá-la morrer de sede. O crime aconteceu em 2015.
Jennifer Wenisch, de Lohne, na Baixa Saxônia, juntamente com seu noivo Taha al-Jumailly, se juntaram ao grupo terrorista e cometeram o crime. A mulher foi considerada culpada de 'dois crimes contra a humanidade na forma de escravidão', além de ajudar e incitar a morte da garota e compactuar com ações terroristas.
Wenisch, de 30 anos, foi para o Iraque em 2013 para se juntar ao Estado Islâmico. No local, ela e seu noivo "compraram" uma mulher e uma criança Yazidi como escravas domésticas, segundo o jornal Daily Mail UK.
"Depois que a menina adoeceu e molhou o colchão, o noivo da acusada a acorrentou do lado de fora como punição e deixou a criança morrer de sede agonizante no calor escaldante", disseram os promotores durante o julgamento.
"Jennifer Wenisch permitiu que o noivo punisse a garota e não fez nada para salvar a menina", acrescenta os promotores.
O veredito de Wenisch foi divulgado nesta manhã. O juíz declarou que a criança estava "indefesa exposta à situação", e que a mulher "teve que reconhecer desde o início que a criança, que foi amarrada sob o sol, estava em perigo de morrer".
Durante o julgamento, a acusada disse que não salvou a menina, pois estava com medo que seu noivo a pressionasse e prendesse ela também. Ela também mostrou-se arrependida ao final da sentença e disse que afirmou ser "um exemplo de tudo o que aconteceu sob o Estado Islâmico".
Taha al-Jumailly está sendo julgado em processo separado em Frankfurt, também na Alemanha. A sentença deve ser divulgado no próximo mês.