Papa faz apelo contra discriminação no Dia da Saúde Mental
Francisco fez pediu para que pessoas com transtornos mentais não sejam discriminadas
No Dia Mundial da Saúde Mental, celebrado neste domingo (10), o papa Francisco lembrou o sofrimento dos doentes e suas famílias e fez um apelo para ninguém "deixar só" as pessoas com transtornos mentais nem discriminá-las.
"Gostaria de lembrar os irmãos e as irmãs que sofrem de distúrbios mentais e também as vítimas, muitas vezes jovens, de suicídio", disse o Pontífice, no fim da oração do Angelus, na praça São Pedro.
Em um apelo aos fiéis, o argentino para que todos rezassem "por eles e suas famílias, para que não sejam deixados sozinhos ou discriminados, mas acolhidos e apoiados".
O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado anualmente no dia 10 de outubro. Neste ano, tem como tema "A saúde mental num mundo desigual".
A data também foi lembrada pelo presidente italiano, Sergio Mattarella, que destacou que este flagelo foi agravado dela pandemia de Covid-19 e isolamento social.
"É essencial dar sempre muita atenção a todos os fatores que podem determinar o tratamento desigual daqueles que sofrem de transtornos mentais. E, portanto, é importante promover serviços de saúde mental de qualidade em todos os níveis", disse o chefe de Estado italiano.
Segundo artigo da revista Lancet, a emergência sanitária corroeu profundamente o bem-estar mental das pessoas, causando uma onda pandêmica de angústia mental, que resultou em depressão, ansiedade, automutilação, atingindo mulheres e jovens de forma particularmente forte, sem poupar crianças.
As primeiras estimativas globais divulgadas na publicação relatam 53 milhões de casos de depressão (+ 28%) e 76 milhões de casos de transtornos de ansiedade (+ 26%) em 2020 diretamente ligados à pandemia.
Além disso, os dados mostram que quase um bilhão de pessoas vivem com transtorno mental em países pobres, sendo que mais de 75% das pessoas não recebem nenhuma assistência. (ANSA)