Motoboy atacado por javaporco fica sem renda após precisar de tratamento médico
William Rodrigues foi atacado no dia 18 de julho. Ele conta que o dono do animal prometeu ajudá-lo financeiramente e não cumpriu a promessa
Após ter sido ferido por um javaporco em Franca, interior de São Paulo, William de Souza Rodrigues, de 43 anos, disse que não recebeu auxílio financeiro do dono do animal.
Duas semanas depois do ataque, William conta que pessoas estão ganhando dinheiro na internet com vídeo dele sendo perseguido pelo porco.
O ataque do javaporco ocorreu no domingo do dia 18 de julho. Rodrigues estava prestes a fazer uma entrega no bairro Bonsucesso, quando foi surpreendido pelo animal saindo de um matagal ao lado do cruzamento em que estava.
William Rodrigues era professor de dança até o início da pandemia da Covid-19. Ele dava aulas em comunidades carentes da cidade de Franca enquanto sua esposa trabalhava no setor de limpeza em uma escola infantil. Por conta das restrições do vírus, as aulas de dança foram suspensas e Rodrigues passou a trabalhar como entregador.
Devido à mordida do javaporco e novos problemas financeiros por não conseguir trabalhar em consequência do ferimento, William passou a pedir recursos via Pix e receber qualquer tipo de doação. Além disso, uma vaquinha virtual foi criada para ajudar o professor em sua renda e para o tratamento médico depois do ataque do animal.
Segundo Rodrigues, o animal primeiramente bateu na roda da moto, que caiu e desligou. Imediatamente, o professor levantou e tentou religar o veículo, foi quando ele percebeu que o javaporco correu para atacá-lo.
Ao tentar fugir do animal, William foi em direção à calçada e caiu várias vezes. Em uma dessas quedas, o javaporco mordeu o homem na região das nádegas.
"Estou em tratamento, tomando vacinas antirrábica, antitetânica e antibióticos", relatou o professor. Por recomendação médica, Rodrigues, que levou 14 pontos, terá que ficar sem trabalhar como motoboy por pelo menos 30 dias.
Ainda, Rodrigues afirmou antes da chegada do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), um homem apareceu dizendo ser o dono do animal. Pegou seu contato e disse que prestaria assistência.
Entretanto, o homem não cumpriu a promessa. "Nunca mais apareceu", afirmou a vítima.
"O animal não tem culpa. Era maltratado. A gente também responde da forma que somos criados. Mas o dono do animal tem que arcar com as responsabilidades", finalizou Rodrigues.