Caso George Floyd: juiz permite sentença mais longa para Derek Chauvin
De acordo com Peter Cahill, quatro fatores agravantes no assassinato da vítima fazem com que a sentença possa ser aumentada
Nesta quarta-feira (12), o juiz Peter Cahill, que coordenou o julgamento de Derek Chauvin, ex-policial condenado pela morte de George Floyd , permitiu que ele receba uma sentença de prisão mais longa.
De acordo com Cahill, existem quatro fatores agravantes no assassinato da vítima e isso permite que a pena seja aumentada. De acordo com a CNN Brasil , juiz considerou que o condenado abusou de uma posição de confiança e autoridade, tratou Floyd com crueldade especial, crianças estiveram presentes durante o crime, e Chauvin cometeu o crime como um grupo com a participação ativa de pelo menos três outras pessoas.
"A morte lenta de George Floyd ocorrendo ao longo de aproximadamente seis minutos de sua asfixia posicional foi particularmente cruel, pois o Sr. Floyd estava implorando por sua vida e obviamente aterrorizado pelo conhecimento de que ele provavelmente morreria, mas durante o qual o réu permaneceu objetivamente indiferente aos apelos do Sr. Floyd", afirmou Cahill.
Também foi ponderado pelo juiz que os ex-oficiais Tou Thao, Thomas Lane e Alexandre Kueng estiveram altamente envolvidos no assassinado de Floyd, mas ainda não concluiu sobre a intenção ou conhecimento deles.
Cahill também rejeitou que Floyd estava em situação vulnerável, já que ele resistiu à prisão em um momento inicial. De acordo com ele, colocar Floyd na posição em que ele estava não cria uma vulnerabilidade, e sim o mecanismo real de sua morte.
A sentença de Chauvin está prevista para ocorrer no dia 25 de junho. Atualmente, ele está detido na Instituição Correcional de Minnesota-Oak Park Heights.