"Controle de peso" e "menos machonas": culto sexista gera revolta contra pastor

Stewart-Allen Clark foi duramente criticado nas redes sociais após a divulgação de sua fala durante evento em uma igreja batista

Foto: Reprodução
Após críticas, pastor foi afastados da função e deverá passar por 'aconselhamento profissional'

Um vídeo divulgado nas redes sociais na última semana gerou revolta nos EUA . Nele, o pastor de uma igreja batista no estado do Missouri aparece fazendo um discurso sexista, recheado de frases preconceituosas, e ressaltando a importância das mulheres não se transformarem em "machonas" para a continuidade do interesse dos maridos no relacionamento.

Segundo informações do jornal New York Post, as imagens do pastor Stewart-Allen Clark, da 1ª Igreja Batista da cidade de Malden, foram registradas no último dia 28 de fevereiro. No culto, ele diz que as esposas devem "controlar o peso" para garantir que os maridos não se interessem por outras mulheres.

"Por que existem tantas mulheres que, após se casarem, ficam desleixadas? Não estou dizendo que todas precisam ser aquele tipo de 'mulher trofeu', como Melania Trump, pois nem todas conseguem ser assim. Porém, vocês não precisam se transformar em machonas", afirmou Clark.

Após a fala viralizar nas redes sociais, integrantes do Ministério da Igreja Batista dos EUA , responsável pelas unidades da igreja no país, se pronunciaram e criticaram o posicionamento do pastor, ressaltando que "o sermão incluiu comentários não condizentes com os valores da congregação". Além disso, confirmaram a retirada do todo o conteúdo do pastor de suas redes sociais.

Ainda de acordo com a publicação, esta não é a primeira vez que o pastor Clark se envolve em polêmicas relacionadas ao sexismo de suas falas. Em um dos vídeos que foi excluído pela congregação , ele aparecia dizendo que o "controle de peso" era sempre a melhor opção para um casamento feliz e que toda mulher deve usar perfume e maquiagem para ficar "menos feia e fedida".

Afastado do cargo, o pastor deve agora passar por processo de aconselhamento profissional dentro da congregação antes de retomar suas atividades. Entrentanto, segundo o periódico, a nota divulgada pelo ministério não deixa claro quanto tempo deve durar este afastamento.