Biden vai manter medida de Trump de transferência da embaixada para Jerusalém

Medida foi uma das mais polêmica dos governo Donald Trump, pois o reconhece Jerusalém como território de Israel ao passo que a cidade é alvo de disputa com palestinos

Foto: O Antagonista
Joe Biden toma posso com presidente dos EUA


Com a promessa de romper com o legado deixado por Donald Trump , o governo do  presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai manter uma das medidas mais controversas do republicano: a transferência da embaixada americana em Israel para Jerusalém .

Em audiência no Senado nesta terça-feira (19), o indicado de Biden para o cargo de secretário de Estado, Anthony Blinken, foi questionado pelo republicano Ted Cruz se os EUA vão manter sua posição sobre Jerusalém e sua embaixada na cidade. "Sim e sim", respondeu Blinken, sem hesitação.

Trump ordenou em dezembro de 2017 a transferência da embaixada dos EUA em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, cuja porção oriental é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.

Blinken ainda acrescentou que "a única maneira de garantir o futuro de Israel como um Estado judeu e democrático e de dar aos palestinos um Estado a que eles têm direito é a chamada solução dos dois Estados ".

"De forma realista, acho difícil ver perspectivas nesse sentido em curto prazo", afirmou o futuro chefe da diplomacia americana, ressaltando que é preciso garantir que "nenhum lado tome iniciativas que tornem ainda mais desafiador um processo já difícil".

Assentamentos

Logo após a audiência de Blinken, o governo de Israel lançou uma licitação para a construção de mais 2.572 mil residências em colônias judaicas, sendo 2.112 na Cisjordânia e 460 em Jerusalém Oriental.


Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, definiu a medida como uma "violação de todas as resoluções de legitimidade internacional".