EUA: homem é preso após ameaçar cercar a Casa Branca e "matar democratas"

Em mensagem para um membro da Câmara, Louis Capriotti afirmou que mataria "qualquer um que pisasse no gramado"

Foto: Reprodução/Condado de Cook
Louis Capriotti foi preso por ameaça de violência nos EUA

Um morador da pequena cidade de Chicago Heights, a 50 quilômetros da metrópole Chicago, nos Estados Unidos , foi preso nesta terça-feira (12), por ameaça de violência na posse do presidente eleito Joe Biden na próxima semana na capital Washington.

Segundo as investigações, Louis Capriotti , de 45 anos, enviou uma mensagem de voz para um membro da Câmara dos EUA de Nova Jersey no dia 29 de dezembro de 2020 dizendo: "vamos cercar a *** da Casa Branca e nós mataremos qualquer democrata *** que pisar no gramado ***".

No dia 4 de dezembro, afirmara para outro legislador que ele "estava enganado se eles acreditavam que Biden e Kamala Harris iriam entrar na Casa Branca " no dia da posse em 20 de janeiro, chamando-o de "terrorista" e dizendo que ele poderia "sufocar no inferno".

"Nosso escritório leva a segurança de nossos servidores públicos muito a sério", disse John Lausch, procurador dos EUA , em um comunicado para a "CBS" sobre as acusações. "Indivíduos que cruzam a linha da liberdade de expressão fazendo ameaças ilegais serão responsabilizados".

Também há registro de ligações de Louis para a caixa postal de vários membros do Congresso entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, por meio de "mensagens anônimas e perturbadoras". Agentes do FBI já haviam entrevistado Louis Capriott em fevereiro de 2020 sobre mensagens ameaçadoras entre 2017 e 2020, que ele reconheceu ter feito.

A emissora "CBS" informou que Louis se identificava falsamente como um fuzileiro naval ativo. Documentos judiciais indicam ainda uso de "palavrõs e termos depreciativos sobre raça, religião, filiação política e aparência física" dos alvos.

Após a invasão de apoiadores de Donald Trump ao Capitólio neste mês, um juiz federal ordenou que Louis Capriotti permanecesse sob custódia até uma audiência marcada para sexta-feira, dia 15. O advogado de defesa se opôs, mas o juiz disse que a lei federal considera ameaças de uso de força, pelo que o homem foi acusado, como crime de violência.