Por "risco de suicídio", justiça britânica nega extradição de Assange aos EUA
Norte-americanos afirmaram que vão recorrer da decisão da corte britânica, baseada no frágil estado de saúde do fundador do WikiLeaks
A Justiça do Reino Unido rejeitou a extradição de Julian Assange para os Estados Unidos nesta segunda-feira (4). O australiano fundador do site Wikileaks é acusado por Washington por crimes de espionagem por ter ajudado a revelar e publicar documentos secretos das Forças Armadas sobre crimes de guerras cometidos no Afeganistão e no Iraque.
Segundo a decisão da juíza Vanessa Baraitser, Assange poderia se suicidar se fosse transferido para território norte-americano, onde poderia pegar uma pena de até 175 anos de detenção.
No entanto, os advogados de Washington deve recorrer da decisão para tentar fazer com que o australiano responda aos 17 crimes ao qual é acusado.
As audiências na Justiça começaram em setembro do ano passado, atrasadas por conta da pandemia de Covid-19 .
Após passar sete anos na Embaixada do Equador em Londres , Assange teve o seu asilo rejeitado pelo governo equatoriano e foi preso em abril de 2019. Desde então, está em um presídio de segurança máxima.
Muitos foram os protestos em defesa do fundador do Wikileaks desde então, com centenas de pessoas cobrando que Assange não fosse extraditado. Os advogados sempre alegaram que enviar o seu cliente para os Estados Unidos seria fazer com que ele fosse alvo de um "julgamento injusto" por ter revelado os crimes de guerra ocorridos nos dois países.