Fome na pandemia pode atingir até 132 milhões de pessoas, diz ONU
Relatório mostra que choque na economia e na saúde causou perda de renda, alta no preço de comida e parada nas cadeias de suprimentos
Por iG Último Segundo |
Um levantamento divulgado nesta segunda-feira (13) pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que pelo menos 132 milhões de pessoas devem passar durante em decorrência da pandemia de Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). A Venezuela é um dos países que mais sofre com a falta de alimentos.
As informações fazem parte de um documento que avalia a situação da fome em todo o planeta. De acordo com esse documento, o choque na economia e na saúde provocado pela Covid-19 causou perda de renda, alta dos preços dos alimentos e interrupção das cadeias de suprimentos.
Em 2019, o relatório também mostra que quase uma em cada nove pessoas no mundo sofreu de desnutrição crônica. Para este ano e os próximos, em razão da pandemia, esse número que deve aumentar.
De acordo com as últimas estimativas presentes no documento elaborado em parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com a OMS (Organização Mundial da Saúde), no ano passado a fome afetava quase 690 milhões de pessoas. Essa quantidade corresponde a 8,9% da população mundial.
Se for comparado com o número de 2018, a diferença é de 10 milhões de pessoas para mais. Já em comparação com 2014, a alta foi de 60 milhões.