O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou na noite desta segunda-feira (29) a expulsão da embaixadora da União Europeia no país, Isabel Brilhante Pedrosa, após o bloco ter ampliado a lista de dirigentes chavistas alvos de sanções.
"Ante as ações intervencionistas, racistas e supremacistas da União Europeia, que agridem os venezuelanos com sanções, decidi dar-lhes 72 horas para sua embaixadora abandonar o país. Devem respeitar a integridade da Venezuela como nação. Chega de colonialismo", escreveu Maduro no Twitter.
Segundo o presidente, a UE fracassou ao apoiar Juan Guaidó, que se autoproclamou chefe de Estado em janeiro de 2019. "Ao invés de se corrigir, [a UE] incorre em agressões contra as nossas instituições", reforçou Maduro durante um evento.
O alto representante da União Europeia para Política Externa, Joseph Borrell, escreveu no Twitter que "condena" a expulsão de sua embaixadora em Caracas e que Bruxelas vai adotar as "habituais medidas de reciprocidade". "Apenas uma solução negociada entre os venezuelanos permitirá que o país saia de sua profunda crise", acrescentou.
Já a vice-ministra das Relações Exteriores da Itália, Marina Sereni, chamou a decisão de Maduro de "grave" e pediu para a Europa retomar o "Grupo de Contato", que reúne países da UE e latino-americanos para encontrar uma solução para a Venezuela.