Covid-19: Protestos contra o racismo nos EUA não aumentaram casos da doença

Pesquisa aponta que não houve aumento de casos do novo coronavírus (Sars-cov-2) em cerca de 300 cidades que tiveram protestos

Milhares de pessoas marcharam por Washington no sábado (06), exigindo o fim da violência policial e mudanças na maneira como o policiamento é conduzido
Foto: Tyrone Turner/WAMU
Milhares de pessoas marcharam por Washington no sábado (06), exigindo o fim da violência policial e mudanças na maneira como o policiamento é conduzido


Uma pesquisa desenvolvida pelo Bureau Nacional de Pesquisa Econômica dos EUA e veiculada na rede de televisão norte-americana CNN apontou que não há evidências que comprovem o aumento de casos de Covid-19 em mais de 300  cidades que tiveram protestos antirracismo do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Impotam).


Milhares de pessoas saíram às ruas e se aglomeraram em várias cidades para protestar contra o racismo e violência policial que culminou no assassinato brutal George Floyd, um homem negro asfixiado por um policial branco

"Nossas descobertas sugerem que qualquer redução direta no distanciamento social entre o subconjunto da população participante dos protestos é mais do que compensada pelo aumento do comportamento do distanciamento social entre outros que podem optar por abrigar-se em casa e contornar locais públicos enquanto os protestos estão em andamento", aponta o relatório que não exclui a possibilidade das manifestações terem causado o aumento da propagação do vírus, embora não tenham aumentado os casos.

O relatório aponta que os protestos geraram um efeito de relaxamento por parte de cidadão que não aderiram à causa e passaram a sair com mais frequência depois que os atos diminuiram.