Situação do Brasil é uma preocupação crescente, diz diretor da OMS

Chefe do programa de emergências, Michael Ryan disse que o sistema de saúde "ainda está suportando" demanda mesmo com ocupação alta de UTIs

Michael Ryan, chefe do programa de emergências da OMS
Foto: Christopher Black/OMS
Michael Ryan, chefe do programa de emergências da OMS

O chefe do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan, disse nesta sexta-feira (12) que a situação do Brasil em relação à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) é de preocupação crescente.

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Ao comentar as altas taxas de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dos hospitais brasileiros, Ryan disse que o sistema de saúde "ainda está suportando" mesmo com alguns estados com mais de 90% das vagas ocupadas.

Nesta sexta, a OMS também chamou atenção para que as vacinas contra a Covid-19 sejam disponibilizadas como um bem público global e que qualquer um tenha acesso justo a quaisquer produtos essenciais que sejam desenvolvidos.

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"Muitos líderes têm promovido a ideia de tornar qualquer vacina um bem público global e isso deve continuar sendo fomentado", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Mais líderes devem se juntar ao barco, e precisamos ter um compromisso político verdadeiramente global e um consenso mundial antes mesmo de termos o produto. É isso que estamos pressionando", completou.

governo do estado de São Paulo anunciou nesta quinta-feira que está na última fase de testes de uma vacina para o novo coronavírus. O desenvolvimento do imunizante é parceria do Instituto Butantan com um laboratório e ele deve começar a ser distribuído gratuitamente nos postos de saúde no segundo semestre de 2021.

Por enquanto, os testes serão realizados em 9 mil brasileiros voluntários, sendo que  serão priorizados na seleção os profissionais de saúde.