Milhares de pessoas marcharam por Washington no sábado (06), exigindo o fim da violência policial e mudanças na maneira como o policiamento é conduzido
Tyrone Turner/WAMU
Milhares de pessoas marcharam por Washington no sábado (06), exigindo o fim da violência policial e mudanças na maneira como o policiamento é conduzido


O conselho da cidade de Washington, nos EUA, aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (09), um projeto de lei sobre reformas radicais da polícia e da justiça criminal - com objeção do prefeito Muriel Bowser -, enquanto o país continua protestar contra a morte de George Floyd.

Bowser disse que apoiava as idéias por trás da legislação, mas pediu ao conselho que esperasse aprovar reformas amplas com debates públicos. O conselho aprovou a lei de qualquer maneira , que só entrará em vigor temporariamente, enquanto o órgão trabalha para tornar as medidas permanentes.

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As mudanças incluem a proibição do uso de gás lacrimogênio, balas de borracha, granadas de choque e equipamento anti-motim para dispersar protestos (um requisito que não será aplicável à polícia federal da cidade); a reforma do órgão independente que investiga alegações de má conduta policial; a proibição de compras de armas de alto calibre e veículos blindados do governo federal, além da criação da Comissão de Reforma da Polícia para 20 pessoas, que terá que emitir um relatório até o final do ano.

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Vários membros do conselho da cidade elogiaram os manifestantes que estimularam a mudança e enfatizaram que o projeto seria o primeiro passo para que outras mudanças possam ocorrer.

O outro lado

O sindicato da polícia do Departamento de Polícia Metropolitana (MPD) divulgou  uma nota em um tweet na segunda-feira (08).

"A linguagem proposta neste projeto de lei  fere muitos dos direitos que os policiais da cidade têm atualmente e cria um caminho perigoso para a violência sem controle no distrito", afirmou o sindicato em comunicado.

"Entendemos que há vozes nesta comunidade que pedem uma reforma contínua da política policial. A União está, e sempre esteve, disposta a ter discussões séria s sobre esse tipo de reforma", acrescentou em nota.

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