Covid-19: em documentos, OMS critica atraso da China no repasse de informações
Porta-voz do governo chinês negou denúncia e disse que história publicada é "totalmente inconsistente com os fatos"
Por Ansa |
A China negou nesta quarta-feira (3) que tenha demorado a passar informações relevantes no início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) para a Organização Mundial da Saúde (OMS) , conforme uma matéria da agência de notícias Associated Press revelou.
Leia também: Brasil ainda não enfrentou o pior da pandemia, afirma OMS
"Não sei de onde vem esses 'documentos internos', mas as histórias publicadas são completamente inconsistentes em relação aos fatos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China , Zhao Lijian, aos jornalistas em sua coletiva diária.
Segundo a matéria da AP, especialistas da OMS se queixaram em documentos internos de que Pequim estava demorando para repassar as informações sobre a nova doença Covid-19 ainda em janeiro deste ano. Entre os dados que não foram passados rapidamente, estava o genoma do novo vírus, o que provocou um atraso na busca por uma cura ou por vacinas para combater a doença.
Leia também: Reabertura é "ida ao abatedouro" e pode gerar explosão de casos, diz cientista
Ainda conforme a matéria, a demora se deu por conta do rigoroso controle de informações do governo e os dados só foram repassados após três laboratórios fazerem o mapa genético do Sars-CoV-2 . Em público, no entanto, a OMS sempre elogiou a colaboração chinesa e a "resposta rápida" à crise sanitária.