Covid-19: Desemprego entre mulheres nos EUA é o maior desde 1948
com salários mais baixos e menos reserva financeira, as trabalhadoras também devem demorar mais tempo para se recuperar da crise
Por iG Último Segundo |
Cerca de 40 milhões de norte-americanos foram dispensados de seus trabalhos e tiveram que dar entrada no seguro desemprego. Entre as mais afetadas pela pela pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2) estão as mulheres. Juntas, elas somam mais da metade (20,5 milhões) das pessoas que perderam seus empregos.
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De acordo com dados do Departamento de Trabalho americano, devido à crise da Covid-19 , o desemprego nos EUA disparou dez pontos percentuais em 30 dias, e o índice entre as mulheres chegou a dois dígitos pela primeira vez desde 1948.
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Especialistas apontam que parte desse impacto acontece porque elas ocupam postos da linha de frente dos setores mais afetados, como lazer, turismo, educação e saúde, e ressaltam que os números ainda vão piorar para elas.
O desemprego total nos EUA chegava a 4,4% em março e, no mês passado, saltou para 14,7% —maior índice desde a Grande Depressão, na década de 1930, quando não existia estatística oficial. Entre as mulheres, o índice em março de 2020 era de 4% e escalou para 15,5% em abril, enquanto a taxa foi de 4% para 13% entre os homens.
No setor de educação e da saúde, por sua vez, foram 2,5 milhões de postos de trabalho fechados em abril, sendo que as mulheres ocupavam 2,1 milhões deles, ou seja, 83%.
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Além disso, para a especialista em disparidade de raça e gênero, Quenette L. Walton, da Universidade de Houston, com salários mais baixos - mulheres ganham 82% do rendimento dos homens - e menos reserva financeira, as trabalhadoras também devem demorar mais tempo para se recuperar da crise da Covid-19 .