Venezuela captura mais 11 mercenários contratados para sequestrar Maduro
Ação foi realizada no domingo (10), sete dias após as primeiras tentativas de invasão pelo litoral do país
Por iG Último Segundo |
A Venezuela informou que prendeu, durante o domingo (10), mais 11 mercenários que integravam um plano para sequestrar o presidente Nicolás Maduro e levá-lo aos Estados Unidos . Sete dias antes, as forças de segurança do país já haviam anunciado outras detenções do tipo e, agora, mais de 40 envolvidos com a operação estão presos, após tentativas de entrar no território venezuelano pelo mar.
O almirante Remigio Ceballos, chefe do comando estratégico operacional militar das Forças Armadas da Venezuela, comunicou, pelas redes sociais, que três “mercenários terroristas” foram capturados na Colônia Tovar. Horas depois, a VTV, canal de televisão estatal do país, informou a prisão de mais oito mercenários.
Além dos presos, desde o registro da primeira tentativa de invasão, no dia 3 de maio, oito invasores foram mortos pelas forças de segurança venezuelanas. Acredita-se que ainda existem integrantes da missão à solta. “Vamos capturar todos eles”, disse Maduro durante o pronunciamento deste domingo.
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Segundo Maduro, os homens se reuniram e partiram da Colômbia . Não se sabe a nacionalidade de todos, mais dois dos mercenários são norte-americanos. Um deles, Luke Denman deu um depoimento confessando que o plano era colocar o presidente venezuelano em um avião e levá-lo aos Estados Unidos . A declaração foi televisionada pela VTV.
Mandante
Um dia depois disso, o político Juan José Rendón , assessor do líder opositor Juan Guaidó , disse que chegou a assinar um acordo com a Silvercorp, empresa privada de segurança dos EUA, mas não deu sinal verde para a execução do plano. Ele também afirmou que pagou 50 mil dólares pelo serviço, com seu próprio dinheiro.
Jordan Godreau, diretor da Silvercorp
, já havia afirmado, no dia seguinte à captura dos primeiros mercenários, que havia sido contratado para realizar a invasão na Venezuela. Juan Guaidó e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
, ambos acusados por Maduro de terem encomendado a missão, negam envolvimento.