Irã: vendido como "cura do Covid-19", álcool adulterado mata mais de 700 pessoas

Segundo informações do Ministério da Saúde do país, outras 5 mil estão internadas por ingerirem metanol tóxico

Mortes por ingestão de bebida adulterada aumentaram após início da pandemia
Foto: Divulgação/OMS EMRO
Mortes por ingestão de bebida adulterada aumentaram após início da pandemia

Ao menos 728 pessoas morreram no Irã após consumirem uma bebida alcoólica adulterada que curaria do novo coronavírus (Sars-CoV-2), informou o conselheiro do Ministério da Saúde do país, Hossein Hassanian.

Leia também: Apoio ao isolamento social amplo no Brasil cai de 60% para 52%, revela Datafolha

Segundo o representante, 203 pessoas morreram fora dos hospitais, o que elevou o número oficial de 525 vítimas, anunciado na última semana. Há ainda mais de cinco mil pessoas internadas com a intoxicação.

As mortes foram registradas entre 20 de fevereiro e 7 de abril deste ano, no ápice da pandemia de Covid-19. No ano passado, no mesmo período, foram 66 mortes por esse tipo de consumo.

De acordo com as autoridades, a bebida contém metanol, que é um álcool extremamente tóxico para os seres humanos. A venda de bebidas alcoólicas está vetada por todo o território, mas o governo vem recebendo inúmeras denúncias de episódios de contrabando.

Leia também: Covid-19: confiabilidade dos testes rápidos é baixa, diz estudo da Fiocruz

Até esta quarta-feira (29), o Irã contabiliza 93.657 pessoas infectadas pelo novo coronavírus e registra 5.957 mortes pela nova doença. A nação é uma das 10 mais afetadas pela pandemia, de acordo com os dados do Centro Universitário Johns Hopkins.