Terremoto assusta moradores de cidade foco de contágio por vírus na Itália

Tremor de magnitude 4.2 atingiu a província de Piacenza, cidade com pouco mais de 120 habitantes no norte da Itália. Não há registro de danos

Epicentro do terremoto foi cidade com pouco mais de 120 habitantes
Foto: Giovani Dall'Orto / Wikimedia Commons
Epicentro do terremoto foi cidade com pouco mais de 120 habitantes

Um terremoto de magnitude 4.2 na escala Richter atingiu na manhã desta quinta-feira (16) a província de Piacenza, principal foco da pandemia do novo coronavírus na região da Emilia-Romagna, norte da Itália.

O sismo ocorreu às 11h42 (horário local), com epicentro na cidade de Cerignale, que tem cerca de 120 habitantes. Apesar de ter sido sentido nitidamente pelas pessoas, o terremoto não provocou danos graves nem deixou feridos.

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"Até o momento, não temos registros de danos, mas estamos fazendo todas as verificações", disse à ANSA a diretora da Defesa Civil na Emilia-Romagna, Rita Nicolini. Na noite de quarta (15), a província de Piacenza já havia registrado um tremor de 3.5 na escala Richter, com epicentro na cidade de Ferriere, a 40 quilômetros de Cerignale.

A Emilia-Romagna é a segunda região da Itália com mais casos do novo coronavírus em termos absolutos, com 21.029, de acordo com o balanço divulgado pela Defesa Civil nesta quarta-feira, atrás apenas da Lombardia (62.153) - o país inteiro contabiliza 165.155.

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Em termos relativos, é a quarta colocada, com 472 casos para cada 100 mil habitantes, atrás do Vale de Aosta (762/100 mil hab.), da Lombardia (618/100 mil hab.) e do Trentino-Alto Ádige (508/100 mil hab.). A Emilia-Romagna também soma 2.788 mortes, de 21.645 registradas em todo o país.

Dentro da região, a província de Piacenza é o principal foco de contágio, com 3.223 casos, o que significa 1.122 para cada 100 mil habitantes. "Foi um susto enorme, uma sensação horrível, e o estado de ânimo já não é dos melhores", disse à ANSA o prefeito de Cerignale, Massimo Castelli.

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Segundo ele, o terremoto fez os habitantes de sua cidade se esquecerem brevemente da pandemia. "Eu saí na rua com alguns colaboradores. Por um momento, o vírus passou para o segundo plano", acrescentou.