O governo de Nova York, nos Estados Unidos, divulgou recentemente dados sobre a etnia dos mortos pelo novo coronavírus (Sars-coV-2) e o números apontam que a enfermidade é desproporcionalmente mais letal entre a população hispânica.
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Segundo os dados da prefeitura, 34% dos mortos na cidade por Covid-19 são hispânicos, apesar de representarem apenas 29% da população de Nova York . Os afro-americanos também estão sendo atingidos desproporcionalmente, embora em menor grau que os hispânicos. Os negros representam 28% das mortes e seu peso na cidade é de 22%.
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Os brancos, por outro lado, constituem 32% da população, mas apenas 29% morreram devido ao novo vírus. Ao falar sobre o assunto, o prefeito da cidade, Bill de Blasio, lamentou a disparidade étnica nas mortes e atribuiu o dado ao contraste social. “Isso me deixa muito indignado. É triste e preocupante".
Covid-19 em Nova York

Falando em Nova York, novas pesquisas indicam que a maior parte dos casos da cidade vieram da Europa. Ao que parece, o vírus começou a circular pelo município em meados de fevereiro, semanas antes do primeiro caso confirmado.
"A maioria parte dos casos é claramente da Europa, não da Ásia", disse Harm van Bakel, geneticista da Escola de Medicina Icahn no Monte Sinai, que co-escreveu um estudo que aguarda revisão. Outro estudo realizado por uma equipe da Universidade de Nova York também chegou a conclusões semelhantes.
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Ambas pesquisas revelaram uma disseminação oculta do vírus que poderia ter sido detectada se o investimento em testes tivesse sido feito antes. Em 31 de janeiro, por exemplo, o presidente Donald Trump proibiu a entrada de estrangeiros no país se eles estivessem na China nas duas semanas anteriores. Todavia, a Itália apenas "trancou" as cidades em 11 de março, o que permitiu que norte-americanos voltassem contaminados com a Covid-19 aos EUA por mais de um mês.