Desfibrilador sem bateria e
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Desfibrilador sem bateria e "cenário de guerra": paramédicos contam experiências com a Covid-19 em Nova York

No dia em que ultrapassou a China no número total de casos e se tornou o novo epicentro da Covid-19, os EUA registraram um novo recorde de ligações para o serviço de emergência: Nova York somou mais de 6,4 mil ocorrências, superando o total atingido no dia 11 de setembro de 2001, data do atentando terrorista na cidade.

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E não foram poucos os casos envolvendo a Covid-19 em que os paramédicos precisaram tomar decisões de "vida ou morte", definindo quais vítimas receberiam atendimento e quais seriam deixadas para trás. "Parecia uma zona de guerra", descreveu o paramédico Phil Suarez, em entrevista ao jornal The New York Post.

O periódico fez um levantamento de alguns dos casos que foram atendidos na última quarta-feira (25), quanto o caso se instaurou na cidade norte-americana. Situações de pessoas com febre alta, tosse excessiva ou até mesmo de famílias inteiras acometidas pelo novo coronavírus (Sars-Covid-2) ocorreram desde então.

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"Eu estou muito assustado. Realmente não sei se irei sobreviver a tudo isso e tenho muito medo do que posso ter levado para dentro da minha casa", afirmou Suarez, que fez diversos atendimentos desde o início da pandemia no país e que também atuou na força-tarefa no dia do atentado .

Outro paramédico afirmou que atendeu tantos chamados de pacientes em parada cardíaca que a bateria do desfibrilador acabou: "Não importa quem você é, onde mora ou quanto dinheiro tem. O vírus está tratando todo mundo da mesma forma".

Com os hospitais tomados de pacientes, algumas pessoas têm sido deixadas para trás, em detrimento de outras que apresentem estado de saúde pior. Normalmente, a cidade costuma ter cerca de 4 mil pessoas em atendimento, mas agora enfrenta um grupo de até 7 mil no pronto-socorro.

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A expectativa é que, se não houver uma redução na taxa de crescimento, o cenário em Nova York possa ficar pior do que em Wuhan, local onde a  Covid-19 surgiu, e na Lombardia, região mais atingida na Itália.

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