Benny Gantz com bandeira de Israel ao fundo
Reprodução/Instagram Benny Gantz
Benny Gantz chamou união em discurso ao aceitar a função

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, encarregou oficialmente nesta segunda-feira (16) o líder do partido Azul e Branco, Benny Gantz, de formar um novo governo para o país após meses de indefinição.

"Farei qualquer esforço para conseguir constituir, em alguns dias, um governo nacional patriótico e o melhor possível à serviço da inteira população de Israel. Guiarei um governo para curar a sociedade israelense seja do coronavírus ou do vírus do ódio e das divisões internas", disse Gantz ao aceitar o cargo.

Em seu discurso, o líder ainda criticou seu opositor, o premier Benjamin Netanyahu, de tentar evitar aos processos ao quais responde, por fraude, abuso de confiança, suborno e fraude. Porém, convidou Netanyahu a unir-se a ele neste momento.

A escolha por Gantz se deu após o político conseguir costurar melhor diversos acordos entre os partidos, atingindo 61 assentos no Knesset, o Parlamento de Israel, em 120 possíveis. O atual premier obteve apenas 58. Agora, o encarregado de formar o novo governo após três eleições, tem 28 dias para conseguir.

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O avanço do novo nomeado veio, especificamente, após o partido Liga Árabe e o ultranacionalista Yisrael Beiteinu, comandado pelo ex-ministro de Netanyahu Avigdor Lieberman, declararem apoio a Gantz. O atual primeiro-ministro  chegou a comemorar uma vitória neste último pleito , realizado no dia 2 de março, porque seu partido tinha conseguido 58 assentos - três a menos do que o necessário.

Porém, Gantz teve uma maior habilidade de negociação nos dias que se seguiram, conseguindo aumentar de 40 para 61 o número de apoiadores no Parlamento .

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Processos de Netanyahu

Após 11 anos no poder, Netanyahu enfrenta a sua maior crise política. Além da provável perda do cargo, ele responde a diversos processos. Em dois casos, é acusado de fraude e abuso de confiança - além de um terceiro em que responde por suborno, abuso de confiança e fraude.

Há ainda outras acusações, como no caso de ter liberado milhões de dólares aos donos de veículos de comunicação de Israel para que não publicassem críticas ao seu governo. Ao todo, se for considerado culpado, ele pode pegar até 10 anos de prisão.

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