Protestos contra lei de cidadania deixam 14 mortos na Índia

Segundo balanço mais recente, 1200 pessoas foram detidas nos atos contra uma lei de cidadania aprovada no país que exclui muçulmanos

Manifestantes estão tomando as ruas em protestos contra a lei de cidadania
Foto: Reprodução/NDTV
Manifestantes estão tomando as ruas em protestos contra a lei de cidadania

Pelo menos 14 pessoas morreram e 1200 foram detidas durante confrontos entre policiais e manifestantes contrários a uma lei de cidadania que exclui muçulmanos aprovada na Índia, informou o novo balanço divulgado nesta sexta-feira (20) por fontes médicas.

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O caos no país teve início no último dia 11 de dezembro e concentrou-se nas universidades do país, mas logo depois ganhou às ruas. O estado de Uttar Pradesh, onde há tensões entre a maioria hindu e a minoria de muçulmanos , é um dos locais mais atingidos pelos confrontos.

As autoridades indianas desconectaram a internet em partes da região, além de proibirem, pelo terceiro dia consecutivo, as manifestações públicas em áreas de Nova Delhi e outras cidades do país.

O novo projeto facilita a concessão de cidadania a pessoas do Paquistão, Bangladesh e Afeganistão que vivem na Índia ilegalmente, desde que tenham deixado seus países por algum episódio de perseguição religiosa anterior a 2015. No entanto, a nacionalidade indiana só será oferecida de maneira mais veloz apenas a budistas, cristãos, hindus, partis, jains e sikhs, excluindo os muçulmanos rohingyas de Myanmar.

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A polêmica lei de cidadania provocou a revolta entre os cidadãos e até mesmo os grupos mais conservadores hindus também estão contra a proposta legislativa do primeiro-ministro Narendra Modi.