O Tribunal Penal Internacional recebeu na quarta-feira (28) uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro . A representação, feita pelo Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos e pela Comissão Arns, afirma que Bolsonaro cometeu crimes contra a humanidade e incitação de genocídio aos povos indígenas.
Com a denúncia em mãos, o tribunal vai avaliar e decidir se abrirá investigação. Em justificativa à colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo , o presidente da Comissão Arns, José Carlos Dias, afirmou que as questões foram enviadas a um tribunal internacional porque não há "caminho eficiente" para apuração desses crimes no Brasil.
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A acusação feita contra o presidente cita uma série de violências cometidas contra os povos indígenas. Entre elas, as queimadas na Amazônia , incitação de violência, demissão de pesquisadores da área e omissão nas respostas aos crimes ambientais na Amazônia.
Ao todo, 120 países, incluindo o Brasil, reconhecem o Estatuto de Roma
, instrumento jurídico utilizado pelo Tribunal Penal Internacional para julgar os casos apresentados.